A estimulação com luz intermitente (FLS) é um método não farmacológico para produzir mudanças de curto prazo no estado de consciência. Isso é feito tipicamente estimulando com luz estroboscópica com os olhos fechados. A FLS está associada a alucinações visuais de cores e formas geométricas.

A FLS pode produzir efeitos visuais semelhantes aos causados por substâncias psicodélicas. Os efeitos são mais fortes na faixa de frequência de 8-12 Hz, que corresponde à faixa de frequência alfa da atividade cerebral.

Resultado sensacional deste estudo:

Usando ressonância magnética por imagem, foi possível mostrar pela primeira vez quais áreas específicas do cérebro estão envolvidas em alucinações visuais. Foi encontrado um aumento na conectividade entre certos núcleos talâmicos e o centro visual no cérebro. Esta interação alterada depende da frequência da FLS, consistente com a observação de que as cores e formas percebidas subjetivamente são mais fortes na faixa de frequência alfa.

Pela primeira vez, os núcleos talâmicos específicos e as áreas visuais que exibem conectividade alterada durante os fenômenos alucinatórios induzidos por luz intermitente foram identificados.

Além desses achados, foi demonstrado que a FLS leva a um aumento na diversidade do sinal neuronal. Além disso, a FLS altera o estado de consciência, aumentando a sonolência e diminuindo a tensão.

A análise revelou que os efeitos induzidos pela FLS são dominados por alucinações visuais simples, associadas a estados de relaxamento profundo – caracterizados por uma sensação intensa de felicidade e bem-estar – e até relacionados a aspectos de experiências espirituais.

Essa influência da FLS ativa áreas do cérebro que normalmente são ativadas ao consumir LSD, Ecstasy ou psilocibina. No entanto, a estimulação com luz intermitente tem a vantagem de que você pode desligar o dispositivo imediatamente se atingir estados de consciência desagradáveis, o que não seria possível com substâncias psicodélicas, pois o efeito dessas só diminui após um certo tempo.